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#14J – Diversas categorias aderem ao quarto ato contra medidas do governo

Por: Beatriz Ortiz, Jhyenne Gomes e Tuila Tachikawa

Cerca de 5 mil manifestantes ocuparam a Praça Clarimundo Carneiro, no centro de Uberlândia, para mais um ato contra os cortes na Educação e a reforma da previdência propostos pelo Governo Federal.

Movimentos estudantis, professores, sindicatos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento do Trabalhadores Sem Teto (MTST) se uniram na paralisação e no ato de “Greve Geral”, que também ocorreu em diversos estados. Em Uberlândia a concentração começou às 15h com atividades culturais e falas de representantes de diversas categorias. Por volta das 17h, começou a passeata que percorreu diversas ruas do centro da cidade.

Esta é a quarta manifestação realizada na cidade de Uberlândia nos últimos dois meses. Em 9 de maio, logo após o anúncio do corte de verbas das universidades públicas, centenas de pessoas foram às ruas de Uberlândia protestarem. Alunos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) levaram as suas pesquisas para o centro da Praça Ismene Mendes, onde expuseram trabalhos científicos  para a comunidade uberlandense. Em seguida, foram realizados os atos que ficaram conhecidos como #15M, #30M e o #14J, de hoje.

Para a estudante do Curso Técnico em Meio Ambiente do IFTM, Ana Werkema, os cortes de verbas já estão afetando a sua formação, pois “desde o momento em que foram anunciados, nós não temos visitas técnicas, o que é muito importante para a nossa profissão. Além disso, a previsão é que verba dure até setembro de 2019”.  Luana Tomé, que também é aluna do Curso Técnico em Meio Ambiente, complementa: “e tem também as coisas que são menores, como papel higiênico, comida, quadros e pincéis, que não são ‘essenciais’ mas que afetam diretamente no desenvolvimento da nossa formação”.

Vinicius Lima Dantas, professor do Curso de Geografia na UFU, diz que é preciso se opor contra os ataques à educação: “só a sociedade organizada pode lutar contra esses retrocessos”. Dantas relembra que as universidades federais já sofrem com cortes na Educação há tempos. “Já houve o corte de bolsas de pesquisas na pós-graduação e, no segundo semestre, vamos sofrer com a redução da segurança.. As adequações e adaptações nas estruturas da universidade já foram barradas”, conclui.


Beatriz Ortiz
ortizcamargob@gmail.com
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