01 out Ato contra Bolsonaro reúne mais de 7 mil em Uberlândia
Autoria: Beatriz Ortiz, Lígia Cypriano e Anna Júlia Lopes
No último sábado, dia 29, o mundo parou para repudiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência do Brasil. Em Uberlândia não foi diferente. Mulheres, homens e crianças reuniram-se na praça Ismene Mendes (antiga Tubal Vilela) e seguiram em marcha pelas principais ruas da cidade. Mesmo a chuva não deteve a passeata. No Facebook, o ato Mulheres Unidas contra Bosal.naro contou com 4.231 confirmações de presença e, nas ruas, o número foi ainda maior. A organização do evento, composta por diversos movimentos sociais – dentre eles o Levante Popular da Juventude, o Movimento sem Terra (MST), a ONG SOS Mulher e a Associação de Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (ADUFU) – estima entre 7 a 10 mil participantes.
O ato foi marcado pelo caráter suprapartidário que marca a defesa dos direitos políticos, civis e humanos. O protagonismo coube às mulheres de diversas cores, classes e orientações sexuais, em protesto aos atos misóginos do candidato. Dentre todas, algo em comum: #EleNão. Confira alguns relatos:
“Ele não porque ele é racista, misógino e homofóbico. Porque ele já me agrediu verbalmente no aeroporto de Brasília. Então, ele não!” – Francesca
“Ele não porque o Brasil é livre! A gente ama quem a gente quiser!” – Gabriela
“Ele não, porque eu sou bióloga e ele não defende causas ambientais, que pra mim é de uma grande importância social. Também sou professora e não o vejo em nenhum quesito na educação, que é o que mais precisa melhorar nesse país. E eu sou mulher, acima de tudo, então fascistas não passarão!” – Lílian
“Ele não, porque ele desrespeita tudo que é significativo pra mim. Eu sou mulher, sou lésbica, tenho amigo gays, tenho amigos negros e respeito toda a diversidade. Jamais votaria em alguém que desrespeita essa diversidade!” – Débora
“Ele não, porque democracia é básico, civilização é básico e é contra isso que ele atenta. Direita, centro, esquerda, seja o que for, não podem aceitar esse cara. Nesse momento, a gente tem que se posicionar e se manifestar. Não podemos nos omitir!” – Paulo
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