14 jul CEUs: propostas de melhorias em locais de vulnerabilidade social
Quadra de esportes, sala com computadores, biblioteca. Esses são alguns dos espaços encontrados nos Centros de Artes e Esportes Unificados: os CEUs. Eles são construídos através de parceria entre o governo federal e as prefeituras dos municípios, em locais onde se considera que há vulnerabilidade social. A proposta é disponibilizar à comunidade um espaço no qual podem ser desenvolvidas, desde atividades de lazer e esporte, até qualificação para o mercado de trabalho e serviços sócio-assistenciais, por exemplo.
Em Uberlândia, existem dois CEUs: um no bairro Shopping Park e outro no Campo Alegre. Ambos ocupam um espaço de 7000m², o maior dos três modelos de construções lançados pelo governo. O CEU não é margeado por muros, pois é um espaço aberto à comunidade com pista de skate, anfiteatro, biblioteca, espaço do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), entre outras instalações. De acordo com Liliane Santana, assessora administrativa da Secretaria de Cultura de Uberlândia, os projetos que acontecem no espaço “são de iniciativa da Secretaria de Cultura e também parceiros, como ONGs, por exemplo”.
Ivanir da Silva Santos, coordenador do CEU do bairro Shopping Park, explica que, além de atividades organizadas pela prefeitura, como aulas de capoeira todas as semanas e apresentações teatrais e de cinema mensalmente, o espaço é movimentado de acordo com o ritmo e demandas da própria comunidade. “O CEU tem uma vida própria. (…) Já teve bazar e eventos beneficentes e eleições de bairro, por exemplo”, conta. O coordenador acredita que, mensalmente, em torno de 1200 pessoas passem pelo CEU do Shopping Park.
A cidade de Patrocínio, no Alto Paranaíba de Minas Gerais, também conta com um CEU, que fica no bairro Marciano Brandão. Fernanda Lara da Silva Gonçalves é integrante do grupo Cia Máxima de Teatro, que já usou um espaço com palco e poltronas do CEU para apresentar espetáculos. “É um espaço muito interessante. Poderia ser maior, mas somou bastante para a cultura aqui [em Patrocínio]. Acho que nos ajudou bastante”. Fernanda acredita também que o local poderia ser melhor preservado e conta que já viu lixeiras queimadas, paredes sujas e mofo na sala que a companhia de teatro usa para apresentar. “Por ser um espaço público, eu acho que a população deveria cuidar mais e ter um zelo maior. Além da coordenação, nós também temos que cuidar e zelar por aquele espaço”, afirma.
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