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Evento oferece acessibilidade para pessoas com deficiência

Por Karol Cardoso

Em dezembro do ano 2000, promulgava-se a lei que estabelecia normas para a promoção da acessibilidade de deficientes. De lá pra cá, o debate sobre a inclusão de grupos segregados socialmente vem sendo discutido e gerado medidas concretas.

Uma dessas ações foi observada no 8º Simpósio Internacional de Ensino da Língua Portuguesa (Sielp), sediado este mês na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante a inscrição, o participante informava sua necessidade especial para que a organização providenciasse auxílio. Assim fizeram Luana Tillmann e Lucas Floriano.

Em boa companhia

Tillmann é pedagoga, especialista em educação especial e mestranda do Instituto Federal Catarinense (IFC). A professora do IFC anda acompanhada de Mambo, golden retriever do Centro de Treinamento de Cães-guia do mesmo instituto, participou do simpósio como ouvinte e expositora. 

Com o auxílio de Queli, a pesquisadora pode participar de forma mais efetiva das atividades realizadas. Durante as exposições orais, que contam com recursos visuais, a monitora descreve as imagens e acontecimentos, auxilia também no deslocamento pelo campus, como fez na exposição dos livros, quando realizou a leitura dos títulos e conferiu o dinheiro.

Em sua apresentação no simpósio temática que tratava sobre a educação inclusiva, a pesquisadora usou seu fone de ouvido e computador, que faziam a leitura do que estava sendo mostrado aos ouvintes. Foto: Karol Cardoso

“Toda a equipe que faz parte da organização do evento é muito atenciosa. São muito interessados em nos deixar confortáveis e resolver necessidades”, relata Luana. Ela ainda elogiou o trabalho iniciado no site do evento, acessível, onde realizou a inscrição, e concluído no evento, com o apoio de monitoras.

Olhos atentos

Vestimentas pretas, fortes expressões faciais e mãos ágeis, assim são as intérpretes de libras. Lucas Floriano, professor do Instituto de Letras e Linguística da UFU, mantém a atenção redobrada para acompanhar a tradução simultânea.  

Quando a informação não há sinal específico para a palavra ou clareza na informação, há interação entre as partes. Foto: Karol Cardoso

A presença de intérprete durante as palestras facilita a compreensão do professor, que é deficiente auditivo e, apesar de escutar com ajuda de aparelho e oralizar bem, opta pela tradução. O recurso é oferecido àqueles que solicitam, no período da inscrição. 

Além de participar como espectador, o professor universitário também se apresentou no simpósio temático sobre o “Processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa como segunda língua para surdos” na companhia de outros pesquisadores.

Monitora

Luana, que estava em local desconhecido por ela e por Mambo, não pode orientar o cão em que direção seguir, então contou com o apoio de Queli Davanço, estudante de Letras da UFU, que participou do evento como monitora. “Fiquei muito feliz [por participar como monitora]. Penso em fazer um curso para receber mais informações e poder conduzir melhor”, reflete.

Agência Conexões
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