
09 ago Leia autoras negras
Para fechar a semana, a Conexões apresenta um compilado com uma série de obras de autoras negras indicados por Winnie Bueno e Ketty Valencio.

Winnie Bueno

1- Mulheres, Raça e Classe – Ângela Davis
Leitura importante para compreender as experiências que estamos vivendo. Mulheres, Raça e Classe é um livro fácil que permite entender diversas questões atuais. É uma obra indispensável.

2- Da Saúde das Mulheres Negras – Jurema Werneck
Essa é uma série de artigos da Jurema Werneck e de outras autoras brasileiras e não brasileiras com posição importante no campo de produção acadêmica de mulheres negras ativistas e intelectuais. [Os artigos] começam na questão da saúde mas se desdobram em outras discussões para entendermos a experiência das mulheres no Brasil.
Segundo Winnie Bueno, “esses livros são muito importantes e ajudam, em um primeiro momento, quem está começando e que está tentando subverter os parâmetros e os padrões de conhecimento de uma academia branca. São importantes para entender e pensar, a partir de outros pressupostos e outros paradigmas e também para que pessoas negras não se percam dentro da academia”.
Ketty Valencio
Ketty Valencio, que é bibliotecária e livreira, nos sugeriu uma série de obras que, para ela, são essenciais para o entendimento e as discussões abordadas nesta semana pela Agência Conexões.

1 -Úrsula – Maria Firmina dos Reis
Úrsula é considerado o primeiro livro abolicionista publicado no Brasil e o primeiro romance de autoria de uma mulher negra. O livro, publicado em 1859, é de autoria de Maria Firmina dos Reis, mulher negra e militante das causas da educação.

2- Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus- Maria Firmina dos Reis
Quarto de Despejo é originário dos diários de Carolina Maria de Jesus, mulher negra e pobre que relatava seu dia-a-dia como moradora da favela do Canindé, em São Paulo.

3- Leite do Peito – Geni Guimarães
O livro é composto por uma série de contos autobiográficos que narram a história de uma menina negra, desde a infância. As dificuldades financeiras, amores, e o sonho de ser professora são algumas das narrativas encontradas na obra.

4-Cadernos Negros – Quilombhoje
Quiblombhoje é um coletivo de literatura afro-brasileira, fundado em 1980. Os idealizadores do projeto publicam, desde 1978, o “Cadernos Negros”, coletânea de contos ou poemas que são publicados anualmente.
Conexões
E para fechar, nós da Agência Conexões também apresentamos uma lista de recomendações.

1-O feminismo é para todo mundo – bell hooks
Escrito por bell hooks, considerada uma das principais intelectuais norte americanas pela revista Atlantic Monthly, apresenta um breve histórico sobre o feminismo e como ele pode mudar e melhorar a vida de todos. Com o intuito de ser uma “cartilha” de ideias objetivas, hooks apresenta discussões sobre políticas feministas, feminismo, trabalho, raça, classe e sexismo.

2- Na minha pele- Lázaro Ramos
Na minha pele, escrito por Lázaro Ramos, é um livro intimista, que apesar de não ser autobiográfico utiliza das memórias e da história do ator e escritor para apresentar questões sobre raça, cultura, relacionamentos, gênero, família e afetos.

3- Ponciá Vicêncio- Conceição Evaristo
Conceição Evaristo conta que, por vezes, é confundida com Ponciá, a personagem de um de seus livros. Nesta obra o leitor é apresentado à história de Ponciá Vicêncio, da infância a vida adulta, em uma profunda discussão sobre identidade.

4- Quem tem medo do feminismo negro? – Djamila Ribeiro
Quem tem medo do feminismo negro?, escrito pela filósofa brasileira Djamila Ribeiro reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. Questões como “empoderamento”, “silenciamento” e “feminismo” são apresentadas nesta obra que já é considerada por muitos leitura obrigatória.
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