
10 maio MOVIMENTO INTERNACIONAL PROPÕE USO DE BICICLETAS PARA IR AO TRABALHO
Como a Conexões anunciou no início desta semana, hoje é o O Dia Mundial de Bike ao Trabalho. A iniciativa tem como principal objetivo o incentivo da população e também de novas políticas públicas que viabilizem o deslocamento em duas rodas pelas cidades, tendo em vista que essa ainda é uma dificuldade para a maior parte dos municípios brasileiros.
Por isso, hoje trazemos um material multimídia para você conhecer um pouco mais sobre a malha cicloviária de Uberlândia.
INFOGRÁFICO
Se por um lado, entre as diretrizes gerais do Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Uberlândia, (http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/17532.pdf) consta a “elaboração de projetos visando à implantação de ciclovias nos fundos de vale e a implementação de rede cicloviária integrada, contemplando o deslocamento casa-trabalho e a inter-modalidade”, o que se vê de outro, na prática, é uma realidade desfavorável: as condições de mobilidade para os ciclistas ainda são limitadas.
Apesar da cidade possuir uma extensão considerável de ciclovias e ciclofaixas (como demonstra o infográfico), uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Planejamento de Transporte da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes em 2016, aponta que elas são fragmentadas e acabam não servindo como rota de origem e de destino dos ciclistas. Ou seja, não facilitam seu deslocamento de casa para o trabalho ou para a escola.
Uma pesquisa, (https://www.mdpi.com/1660-4601/15/4/562) realizada em São Paulo, mostra que essa fragmentação se reflete no uso do transporte sobre duas rodas: pessoas são mais propensas a usarem as ciclovias quando têm uma a menos de 50 metros de sua casa.
A situação de Uberlândia confirma a hipótese: de acordo com a Associação dos Ciclistas de Uberlândia, até o ano passado aproximadamente 30 mil pessoas utilizavam a bicicleta como meio de transporte na cidade. Se pensarmos nessa estatística, levando em consideração que a população uberlandense, segundo dados do IBGE, chegou a 683.247, os ciclistas correspondem a menos de 5% dos cidadãos. Dados que ficam abaixo até mesmo da média de cidades latino-americana – que já é baixa- que indica que menos de 10% da população adulta usa a bicicleta como transporte. A título de curiosidade, em cidades europeias, cerca de 25% da população têm esse como meio de transporte.
BOX
Dicionário do ciclista:
Ciclovia A ciclovia é separada da via de circulação de veículos motorizados e dos pedestres. É uma faixa segregada. Essa separação pode ser feita com espaços verdes e canteiros, grades e muros, ou mesmo com o meio-fio. Em São Paulo, as ciclovias, como a da Avenida Paulista, além de isoladas fisicamente do trânsito são pintadas de vermelho.
Situação recomendada: A ciclovia é indicada para avenidas e vias expressas, com velocidade de 50 km/h ou mais, pois protege o ciclista do tráfego rápido e intenso. A separação é importante também para proteção contra a abertura de portas de veículos.
Ciclofaixa A ciclofaixa é o que o nome diz: uma faixa pintada no chão, sem segregação do resto dos veículos que circulam na via. Elas são as mais comuns em São Paulo, onde têm a cor vermelha. A sinalização delas pode ser feita com “tartarugas” e “olhos de gato” afixados ao chão. Embora não haja um bloqueio físico – o que faz ela ser mais barata – não é permitido aos carros e ônibus trafegar pela ciclofaixa.
Situação recomendada: A ciclofaixa para quando o fluxo e/ou velocidade dos automóveis oferecerem riscos moderados ou limitação à circulação do ciclista. Ela funciona idealmente para vias com limite de 40km/h

No Comments