Observatório Luminar
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Na contramão: novas mídias, democracia e parcialidade

 

Apesar de muito se falar sobre o monopólio e manipulação dos grandes veículos de mídia no cenário brasileiro, pouco ainda se discute das insurgências de novos veículos de comunicação. Lutando por seus espaços e desafiando a realidade midiática brasileira, que nasceu e permanece nas mãos de grupos muitos seletos e homens de dinheiro, surgem as novas mídias. Um levante das possibilidades do mundo digital.

 

Com o intuito de abordar  os novos meios de disseminação de comunicação que a 4a Jornada em Defesa do Estado de Direto e Democracia Social promoveu o debate Novas Mídias: democratização e alternativas. Organizado pelo CEAD (Centro de Estudos Avançados sobre Democracia), com a participação dos professores Vinicius Souza, do curso de Comunicação Social UFU e membro fundador do coletivo Jornalistas Livres, Iara Helena Magalhães, do Curso de Comunicação UNITRI e administradora da Casa da Cultura de Uberlândia, e Diego Marcos Silva Leão, professor de História no Ensino Fundamental e Ensino Médio, que atua na coordenação estadual de Minas Gerais do Levante Popular da Juventude e na Frente Brasil Popular. Houve também a participação de Cleber Couto, correspondente do Mídia Ninja em Uberlândia, e Ítalo Kant Marinho Alves, estudante de direito, integrante do Fórum Nacional de Democratização da Mídia, fundador da UMES Uberlândia.

 Professores, militantes e jornalistas participam do debate “Novas Mídias: democratização e alternativas”. Foto: Bianca Guedes/Agência Conexões

 

A discussão  levantou temas como, a imparcialidade midiática, que para o professor Vinicius é uma fachada. “A mídia imparcial é uma criação burguesa”. Com isso posto, o debate caminhou no sentido de ressaltar a importância dos meios digitais demarcando seu papel na propagação de um jornalismo livre, aquele que serve e, se sustenta para e, com seu público, ou seja, um novo tipo de jornalismo, que admite sua parcialidade e se dispõe ao diálogo. No entanto, o cenário de bonito não tem nada, afinal são os atuantes da mídia alternativa os que são maus vistos pela sociedade em geral e nos espaços de poder, os quais deveriam estar a nosso serviço e passíveis de fiscalização.

 

Seguindo o debate, as considerações sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff foram destaque durante a fala dos entrevistados. As pontuações sobre a cobertura dos meios tradicionais explicitaram algo além da insatisfação e declararam os caminhos alternativos pouco definidos. Afinal, a diluição do monopólio da Globo não aconteceu nos últimos três mandatos de presidenciais, que se furtaram de realizar as grandes mudanças, as quais caminhariam para a real democratização da mídia brasileira.

 Acesse aqui o debate na íntegra.  

Agência Conexões
agenciaconexoes@gmail.com
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