07 abr Politicas públicas de prevenção à AIDS ainda são deficitárias
ARTIGO DE OPINIÃO – Os números de casos de soropositivo no Brasil já chegam a seis casas, aproximando-se da sétima. A doença surgiu nos anos 80 e desde então virou preocupação da população, consequentemente do governo. Com isso políticas públicas são desenvolvidas para sanar essa enfermidade. Isso ocorreu em defesa dos direitos das pessoas afetadas, sendo trabalhadas através de três pilares de intervenção: vigilância epidemiológica, prevenção e assistência.
Dentre essas, é mais evidente a politica de prevenção, especificamente no carnaval, onde se tem a distribuição de preservativos, cartilhas informativas e a veiculação de campanhas audiovisuais. A última trouxe como porta voz a cantora Anitta, com uma paródia de Bang, uma das suas músicas de trabalho. Ela com alguns dançarinos dançam com preservativos na mão, cantando frases como “vamos dar um bang na HIV, sem camisinha, não” e “vem na maldade com vontade chega e encosta em mim, hoje eu quero e você sabe que só faço assim”.
Campanhas desse gênero tem duração de, otimizadamente falando, duas semanas – uns dias anteriores ao carnaval e durante o mesmo. Acredito que toda essa mobilização nessa época do ano válida, pois o carnaval vem como sinônimo de diversão, e para alguns leia-se sexo.
Entretanto o risco da contaminação do vírus é muito maior do que 15 dias. As 44 mil novas pessoas infectadas em 2014, segundo a ONG Unaids, não adquiram o vírus em relações sexuais apenas em fevereiro. Desta forma, é preciso ampliar essa campanha, nas redes sociais e a mídia de forma geral, nos 12 meses do ano.
As politicas publicas de prevenção deve ser ampla e eficaz, para números de contaminações e de mortes, que segundo Unaids até 2014 foram aproximadamente 16.000 mortes, não aumente exponencialmente. Além do mais, para que o individuo não venha mais tarde precisar de políticas publicas de assistência.
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