
27 jul Segurança, fiscalização e tecnologia
A segurança pública tem sido um tema frequente na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Após a permissão de patrulhamento ostensivo da Polícia Militar (PM) no campus Santa Mônica em associação à Divisão de Vigilância e Segurança Patrimonial (DIVIG), os debates sobre seguridade e aumento da criminalidade obtiveram maior alcance dentro da sociedade acadêmica. Como consequência, em associação ao desempenho tecnológico da universidade, foram criados também novos meios aliados à tecnologia objetivando segurança pública.
É o caso do contato, disponibilizado para o aplicativo WhatsApp, da DIVIG*. Com ele, é possível acionar a central de vigilância universitária em casos de perigo – como assaltos e danos ao patrimônio público –, esperando, a seguir, o deslocamento motorizado dos profissionais de segurança. Atualmente, o serviço abrange os campi Santa Mônica, Umuarama, Glória e Educação Física, e encontra-se em período de teste por 45 dias. Caso validada a funcionalidade do meio até o início do mês de agosto, é pretendido expandi-lo para todos os campi.
Ao ser questionado pela TV Universitária de Uberlândia sobre o tema, o prefeito universitário João Jorge Damasceno alegou que o serviço “funcionará para toda a comunidade extensiva, alertando a Segurança de todo incidente que mereça ser alertado”.
Aplicativo é uma forma de unir estudantes e guardas, diz central de vigilância. | Foto: Beatriz Ortiz
Segurança e opinião
O contato por WhatsApp da Divisão de Vigilância não é o único método escolhido para maior fiscalização dentro do espaço universitário. Atualmente, se desenvolvem três ações: rondas da PM em todos os turnos, aumento do número de vigilantes terceirizados e finalização do processo de licitação de câmeras de vigilância. E, ainda segundo Damasceno, serão incluídas cerca de 240 câmeras ligadas à central da polícia e inseridos giroflexs nos veículos. “Nós estamos tentando priorizar essa questão de segurança dentro dos campi para que a nossa comunidade possa desempenhar suas atividades de uma maneira mais razoável”, conclui.
Tais intervenções têm gerado importantes debates na universidade. Exemplo é o evento ocorrido em junho desse ano, no campus Santa Mônica, para discorrer sobre o uso de álcool e outras drogas no âmbito universitário – e quais as consequências jurídico-sociais destas. Entre os alunos, as opiniões diferem: enquanto alguns defendem a entrada da PM para maior seguridade, outros alegam a falta de preparação desta para situações determinadas, a exemplo do reforço de estereótipos por etnia e classe social.
“A política institucional deve tratar a questão da segurança por um tripé que não tem nada a ver com policiamento ostensivo. Mas, enquanto não se põem nos devidos eixos, deveria ser feito um protocolo entre a instituição UFU e a Polícia Militar. Esse protocolo não existe”, reitera o professor do Instituto de Ciências Sociais (INCIS), Edilson Graciolli.
Outros aplicativos
Desde 2014, a UFU tem sido referência nacional no que tange à criação de aplicativos para dispositivos móveis. É o caso, por exemplo, do aplicativo SISBI UFU/MozGo, disponível para iOS e Android, para facilitar o controle de empréstimos, solicitações e renovações do acervo das Bibliotecas dos campi; além do aplicativo UFU Mobile, que disponibiliza informações sobre o Restaurante Universitário (RU), transportes intercampi, comunicados, mapas, grade horária, entre outros conhecimentos de utilidade pública.
Ainda sobre segurança, está em funcionamento o aplicativo gratuito Guardiões UFU, criado em 2015 pelos estudantes do curso de Ciência da Computação, Adilmar Coelho Dantas e Gustavo Nery. Por este aplicativo , é possível acionar o “botão do pânico”, que, conectado à rede Wi-Fi ou 3G, manda a localização geográfica do usuário diretamente ao perfil do Facebook, às demais pessoas cadastradas no aplicativo e aos vigilantes da universidade. Na época, em menos de uma semana, o aplicativo foi baixado por mais de 300 pessoas, e ainda está em funcionamento.
*O contato pode ser acionado por meio do número de celular (34) 9 9996-4597. O atendimento ocorre de segunda à domingo, das 7h às 23h.
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