03 maio Somente subsídio financeiro basta?
Posted at 17:57h
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Opinião
by Agência Conexões
ARTIGO – Os números do Bolsa Família impressionam. De acordo com o site da Caixa, parceira do Bolsa Família, cerca de 14 milhões de lares brasileiros são beneficiados. Para o recebimento da renda complementar fornecida pelo Governo Federal, as crianças e adolescentes da família precisam ter frequência escolar obrigatória. Como consequência dessa exigência, além de diminuir a evasão, futuramente, a formação acadêmica deve auxiliar na quebra do ciclo da pobreza. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2009, dos 10,3 milhões de brasileiros de 15 a 17 anos, 85,2% estavam matriculados nas escolas do país. Acredita-se que uma das soluções para a pobreza está na inserção do indivíduo na escola, mas a complexidade da situação é ainda maior. A desigualdade no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, piorou de 0,496 em 2012 para a 0,498. E isso se reflete também na educação brasileira, pois os jovens de baixa renda que não têm a mesma oportunidade de acesso à educação do que aqueles que estão no ensino privado, muitas vezes se deparam com uma desleal concorrência na disputa pelas vagas da universidade, por exemplo.
De acordo com o site da Caixa, parceira do Bolsa Família, cerca de 14 milhões de lares brasileiros são beneficiados pelo programa. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado A importância dada pelo Bolsa Família ao papel da escola na vida dos estudantes, portanto, é fundamental. A oferta de emprego também é outro ponto relevante para as famílias beneficiárias do plano. Para que a realidade dessas pessoas mude é necessário que existam oportunidades para se disputar uma boa colocação no mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no ano de 2015 cresceu cerca de 8,5% em relação ao ano anterior. Ano passado a taxa fechou em 9% no quarto semestre. Por enquanto, o programa tem permanecido firme e há uma estratégia governamental recorrente de assegurar a população que, embora exista uma crise política e econômica em curso, os beneficiários do Bolsa Família não serão prejudicados. Talvez isso se deva aos números exitosos do Programa: mais de 16 milhões de brasileiros saíram da miséria entre 2003 e 2012. Mas como muitos Programa Sociais, ainda pode melhorar. É preciso que haja mais geração de empregos e oferta de ensino público de qualidade. Com um “pacote” de investimentos nessas pessoas, o futuro de 13,9 famílias tem novas e positivas perspectivas.
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