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Uberlandenses gritam “Ditadura nunca mais!”

Na manhã do último domingo, dia 31 de março, por volta das 9h30, cerca de 150 pessoas vestidas de preto se reuniram na praça Sérgio Pacheco para repudiar o período ditatorial vivido no Brasil entre 1964 e 1985. A iniciativa surgiu depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sugeriu a comemoração do golpe que, há 55 anos, encerrou o governo de João Goulart e iniciou o poderio militar.

Os manifestantes leram poemas de poetas antifascistas, como Frei Betto, Alípio Freire, Ferreira Goulart, Vladimir Maiakovsky, Glauber Rocha e Eduardo Galeano. Depois, foram citadas as onze vítimas da Ditadura Militar em Uberlândia: Nelson Cupertino, Milton Vilela, Joaquim Ferreira, João Jorge Couri, Francisco Carneiro, Anísio Jorge Ubaidi, Afrânio Francisco de Azevedo, Olívia Calábria, João Cândido Pereira, Argeniro Lima e José de Sousa.

A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do professor de História da Escola Estadual Lourdes de Carvalho, Gabriel Pimentel, também foi repudiada.

Em tributo às vítimas, os manifestantes seguiram em silêncio, num cortejo fúnebre, da praça Sérgio Pacheco até a feira dominical da Av. Monsenhor Eduardo. Com eles, uma faixa com os dizeres: “Ditadura nunca mais!”.

O ato contou com a presença da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (ADUFU), do Sindicato dos Técnicos da UFU (SintetUFU), do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute), do Sindicato dos Eletricistas de Minas Gerais (SINDIELETRO-MG), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento Sem Terra (MST), da Central de Movimentos Populares (CMP), do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). E, também, com professores, estudantes, jornalistas, atores e outras pessoas que se posicionam contra a Ditadura.

 

Beatriz Ortiz
ortizcamargob@gmail.com
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