16 maio Uberlândia realiza Conferência Municipal de Cultura em momento de mudanças ministeriais
Participantes aprovam moção durante a IV Conferência Municipal de Cultura. Foto: Nasser Pena/Agência Conexões
Nos últimos dias 13 e 14 de maio, ocorreu na Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU), a quarta edição da Conferência Municipal de Cultura. O encontro teve como objetivo avaliar os primeiros dois anos (2014 e 2015) do Plano Municipal de Cultura (PMC) e traçar as metas e ações prioritárias para a área cultural nos próximos três anos.
Com quase 150 credenciados, a IV Conferência Municipal de Cultura aconteceu em meio a um momento complicado para a classe cultural no país, a fusão do Ministério da Cultura (MinC) com o Ministério da Educação (MEC). Na solenidade de abertura o Secretário Municipal de Cultura, Gilberto Neves, afirmou que “em nome de fazer economia, o presidente Michel Temer vinculou o MinC ao Ministério da Educação, o que será prejudicial pra os setores culturais”. O prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado, disse que a extinção do MinC pode servir de “oportunidade para que a classe artística e o poder público possam se estruturar para enfrentar essa difícil conjuntura”.
A atriz e também integrante do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), Laís Batista, disse que a conferência se faz importante por ser “um momento de oportunidade para avaliar dois anos de execução do plano municipal de cultura, das metas que foram propostas em curto prazo e de resistência frente à extinção do ministério da cultura”. Batista também afirmou que a conferência é um momento importante para o fortalecimento dos sistemas municipal e estadual de cultura pensando numa possível retomada do MinC.
Questionado sobre os pontos positivos e negativos da conferência, o professor do curso de Dança da Universidade Federal de Uberlândia e também conselheiro do CMPC, Alexandre Molina, responde: “A conferência teve como pontos positivos a disponibilidade do poder público em rever o que já estava estabelecido e priorizar a avaliação do PMC, a partir do que foi inicialmente estipulado”. Como ponto negativo, destaca a baixa participação da sociedade. “No total foram 150 participantes, mas nos seis grupos de trabalho, onde ocorreram as discussões, revisões e formulação de novas propostas, a média foi sete pessoas por grupo”.
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